LIÇÕES DE UM BEIJA FLOR






Dias atrás, enquanto eu, minha esposa e nosso filho, tomávamos o café da manhã assentados à mesa, fomos surpreendidos pela súbita entrada de um beija flor em nossa sala, a janela estava aberta e ele entrou sem cerimônias.  Voando alegremente pela sala, explorando o ambiente. Não sabia ele que aquela tinha sido uma escolha de final triste.

Ao tentar sair do ambiente nosso visitante sempre iniciava um voo subindo e ao fazer isto, dava com a cabeça na laje da casa. Tentou esta saída inúmeras vezes, tentamos cooperar com o mesmo acendendo luzes do lado de fora, fazendo gestos para impulsiona-lo em direção à porta ou à janela, mas nada adiantava, ele insistia em voar diretamente para o alto, sempre encontrando uma dura laje de concreto em seu caminho em busca de uma saída.

Fomos à academia, voltamos cerca de uma hora depois, e lá estava nosso visitante tentando sair da sala sempre em direção à laje. A cada pessoa que passava pelo  ambiente ele iniciava uma nova tentativa, até que, absolutamente exausto, se agarrou à corrente do lustre e ficou imóvel. 

Vendo isto peguei uma escada para pegá-lo e soltar de volta em seu ambiente. Para minha surpresa, consegui fazer isto, ele não ofereceu qualquer resistência, parecia estar “hibernando”, buscando restaurar as forças. Coloquei-o do lado de fora de casa na esperança de que se recuperasse, mas todas nossas tentativas foram em vão, nosso visitante acabou morrendo. O esforço feito em busca de sair da sala esgotou suas forças por completo e ele não resistiu.

Tudo que ele precisava ter feito era subir menos em seu voo e seguir reto em direção à porta ou à janela, nada o impedia de ir embora, exceto seu instinto natural de sempre sair para cima!

Diante do ocorrido comecei a meditar sobre a situação e me dei conta de quantas vezes lidei com situações de forma análoga a este pequeno visitante, vejamos;

Quantas vezes me meti em situações de forma precipitada, sem avaliar as saídas possíveis e acabei caindo em uma armadilha que me consumiu as forças.

Dentro da situação não me dei conta das pessoas que poderiam me ajudar a sair dela e fugi delas, insistindo em caminhos que deram em nada, a um preço demasiado alto.

Muitos dos caminhos escolhidos foram teimosamente perseguidos, quando uma pequena mudança de percurso poderia ter evitado perdas enormes.

A insistência do beija-flor em seguir um curso que lhe era natural, custou-lhe a vida. E as suas escolhas, a que te tem levado?

Pv 11;14 Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de  conselheiros há segurança.

Pv 14;12 Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.

Os 4;6  O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. 


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