OFERTA E PROCURA...










OFERTA E PROCURA...


Esta é uma lei de mercado básica, e já estava presente nos primórdios da história humana. No jardim do Éden já se fez presente...

Após consumirem do produto ofertado, Adão e Eva tiveram consciência de que estavam nus e fizeram toscas proteções de folhas de figueira, o primeiro “tapa sexo” da história.

Ao ser confrontado, Adão não hesitou em culpar sua companheira Eva, que de imediato transferiu a culpa para a serpente...

Que coisa interessante, a primeira resposta foi uma transferência de culpa e responsabilidade!

Pensava sobre isto em nossos dias, cada um de nós transfere a outros as razões de seus erros e escolhas ruins, se não for possível culpar alguém próximo, culpamos então o “sistema”, ou a sociedade em que vivemos, ou qualquer um que não possa se defender e responder.

Se Eva não tivesse qualquer interesse em provar daquele fruto, as incursões da serpente teriam resultado em nada, não haveria demanda pelo fruto e as ofertas tentadoras da serpente cairiam no vácuo. Por certo a serpente morreria de fome se dependesse daquela venda para viver caso Eva não cedesse à cobiça.

Não havendo mercado consumidor, não adianta produzir. A produção, por melhor que seja ficará encalhada, forçando o produtor a mudar de ramo se quiser sobreviver.

Ainda me lembro que em minha infância havia um produto bastante popular, vendia bem, as galochas! Eram um protetor de sapatos para os dias de chuva, era usada sobre os sapatos e impedia os mesmos de sujarem com a lama e de se deteriorarem devido à água. Sumiram do mercado há décadas, as pessoas entenderam que não eram mais necessárias, e os produtores tiveram que mudar de ramo, ou quebraram.

Lendo sobre o avivamento no país de Gales no início do século passado, impressionei-me com o relato do fechamento de inúmeros bares, pelo motivo único de que tantos eram os convertidos que já não haviam mais clientes... oferta e procura.

Como Adão e Eva, gostamos de transferir nossas responsabilidades para outros, apontamos e esperamos que outros tomem providências...

Por exemplo quem consome drogas ilícitas se acha uma “pessoa de bem”, não considera que para “curtir o seu barato”, muitos pagam caríssimo, inúmeras vezes com a própria vida. Se estas “pessoas de bem” que só querem curtir a vida, aprendessem a curti-la de outra forma, haveria de imediato um baque na lei de oferta, e toda a cadeia de produção ruiria... sem sequer um tiro, uma prisão...

Se as “pessoas de bem” deixarem de lado o pensamento de levarem vantagem em tudo, muitas atividades ilícitas se extinguiriam...

Sem receptador (para uso pessoal ou revenda), não existe razão para roubar cargas, os fretes seriam mais baratos, os motoristas viajariam mais seguros...

Sem pessoas que querem favores, não haveria um mercado para vende-los, assim acabaria a corrupção.

Se cada “cidadão de bem”, fizer realmente o bem, acredito que o mal ficará sem espaço. 

Acordemos, nossa omissão pavimenta a estrada da maldade.




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